30 de março de 2020

Com o fechamento temporário do comércio em praticamente todo o Brasil e, consequentemente, a redução dos veículos em circulação nas ruas e estradas a poluição no ar, nos rios e nas praias, provocada pelo homem, deve diminuir. Segundo o professor de Biologia do Sepam Vestibulares, Wilmar Martins, as grandes cidades brasileiras serão as primeiras a sentir a melhora na qualidade do ar. Ele explica que a despoluição do ar se deve à menor quantidade de veículos em movimento. “A queima do combustível fóssil produz muito gás carbônico, então quanto menor a circulação melhor será a qualidade do ar”, esclarece.

Com relação aos rios o professor observa que muitas vezes a poluição é industrial ou provocada por outros fatores, porém, em tempos de coronavírus, onde a aglomeração de pessoas não é permitida, está havendo uma limpeza da natureza. “As pessoas não vão deixar o lixo nas praias e nos rios porque ninguém está circulando nestes lugares”, observa.

Um estudo publicado, no final do ano passado, pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo mostrou que entre toneladas de detritos, esgoto e resíduos plásticos, as bitucas de cigarro somavam a maior parte do lixo em praias no litoral brasileiro.

A pesquisa, feita pelo projeto Lixo Fora D’Água, revelou que a cada trecho de 8 quilômetros, foram encontradas cerca de 200 mil bitucas de cigarro. E não é só. A previsão é de que neste verão de 2020 sejam retirados das praias também 15 mil lacres, tampas e anéis de lata, 150 mil fragmentos de plásticos diversos, 7 mil palitos de sorvete e churrasco e 19 mil hastes plásticas de pirulitos e cotonetes.