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Antes da cortina se abrir


3 de junho de 2019

Por Katia Gisele Costa

Às vésperas de mais uma apresentação dos nossos alunos gostaríamos de convidar vocês, pais e mães, a fazerem uma reflexão sobre as apresentações escolares. Por que elas acontecem? Quais são os objetivos que perpassam cada ação pensada pela escola? Quais as preocupações dos profissionais que estão envolvidos no trabalho com as crianças?

Sou mãe de três e já tive diferentes experiências com as minhas filhas em diversas apresentações públicas e, por isso, me considero apta a falar sobre o assunto. Feira da Cultura, Dias das Mães, dos Pais, Festival de Música, Cantata Natalina, competições esportivas, Mostra de Dança entre outras são ocasiões que nos trazem a oportunidade de refletir. Para que nenhum ato passe desapercebido no desenvolvimento das crianças, algumas perguntas devem permear nossas mentes nas apresentações escolares. Qual a intenção da escola em promover atividades que envolvem exposição pública? Qual a razão (ou as razões) pelas quais os pais querem que seus filhos participem das apresentações escolares? O que esperar dos “mini artistas” nos dias de apresentação?

Então, vamos lá! Festividades e eventos comemorativos presentes no calendário escolar são previstos, primeiramente, com a intenção de enriquecer o currículo oportunizando aos alunos outras possibilidades de aprendizagem, que não sejam as formais. Neste leque, que envolve o chamado “currículo oculto”, acreditamos que enquanto se prepara para uma apresentação a criança desenvolve habilidades como a concentração, o espírito coletivo, o autocontrole e entra em contato com os sentimentos de frustração e medo; sentimentos que, aliás, fazem parte do cotidiano de todo ser humano. Enquanto brinca, dança, se expressa verbal e corporalmente a criança enfrenta obstáculos internos ligados à superação e à autoestima.

Quando a escola chama as famílias para assistirem à uma apresentação dos seus filhos não tem a certeza de que tudo vai sair exatamente como foi planejado, até porque o trabalho com criança não obedece rotinas nem regras, ao contrário, ele é flexível, constantemente adaptado e todos estão preparados para um imprevisto; mesmo assim, trabalhamos para que tudo saia da maneira mais bonita possível. Para nós esta maneira obedece alguns critérios rígidos porque priorizamos o divertimento das crianças, respeitamos os limites de cada um, procuramos ajudar as crianças a vencerem seus próprios desafios, aplaudimos pequenas conquistas, incentivamos e enchemos de carinho aquele que se sente desmotivado ou fracassado.

Devemos dizer que, algumas vezes, as formas que agimos no imediatismo das ações (falando precisamente de palco) nem sempre agradam a plateia. Às vezes precisamos retirar uma criança do palco no meio da música, outras vezes a professora precisa sentar no palco e dançar junto com a criança para que ela se sinta segura; há momentos em que a família está na plateia com as máquinas preparadas para a fotografia e a criança se recusa a entrar junto com o grupo. A família que está assistindo à apresentação deve se lembrar o tempo todo que a prioridade das professoras neste momento não é a plateia, é o aluno. Se ele quiser dançar, vai dançar. Se ele chorar e quiser sair do palco, vai sair. Pensamos sempre que se a criança estiver feliz e aproveitando o momento será benéfico e muito proveitoso para o seu desenvolvimento.

As famílias, assim como nós, precisam refletir sobre o porquê querem que seus filhos se apresentem e o que esperam deles nestas ocasiões. Será que a família quer que seu filho se destaque perante o grupo? Quer avaliar o trabalho da escola? Quer comparar seus filhos com outras crianças? Quer simplesmente ver seus filhos brincando e se divertindo no palco? E se o seu filho não gostar de palco? E se ele for tímido e não quiser participar por vergonha? Como você agirá? O que dirá para ele depois? É importante refletir sobre tudo isso antes da cortina se abrir!

Por isso pais, mães, padrinhos, madrinhas, tios, tias, avós, avôs, estejam todos preparados para o lindo espetáculo vivo e real que os nossos alunos farão na Mostra de Dança SEPAM 2019 e sentem-se na plateia com um olhar amoroso sobre cada aluno e cada professor e professora que preparou este espetáculo. Desconecte-se. Aprecie. Divirta-se. Use e abuse dos aplausos, pois eles são a maior e melhor recompensa que nosso grande grupo escolar pode receber de vocês.

 

Katia Gisele Costa é Pedagoga pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e Mestre em Educação pela Universidade do Minho (Portugal). É  Coordenadora Pedagógica – Educação Infantil no Colégio Pontagrossense SEPAM, de Ponta Grossa-PR.

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