15 de junho de 2018
Colégio recebe especialista em educação e tecnologia, Alexandre Le Voci Sayad, para workshop nesta semana
Cada vez mais crianças e jovens têm contato com smartphones, tablets, computadores e outros aparatos tecnológicos, que fazem com que os perfis dos alunos se modifiquem e torne um desafio o dia a dia dos educadores e das escolas. Usar a cooperação e a criatividade é uma alternativa para que a atenção e o interesse se aliem e sejam desenvolvidas dentro das salas de aula.
Para o fundador do ZeitGeist (ZG) – Educação, Cultura e Mídia, Alexandre Le Voci Sayad, a tecnologia tem se mostrado uma boa ferramenta educacional e uma aliada para que cada vez mais jovens tenham acesso à informação, mas o grande desafio está na capacitação de professores. “O que se vê é um medo por parte dos profissionais que nasceram e cresceram na era analógica e até mesmo naqueles que migraram para a tecnologia junto com o crescimento da internet no dia a dia”, diz Alexandre, que também é jornalista, educador, membro do Conselho Diretivo da GAPMIL (Aliança Global de Mídia e Educação) e especialista em Inovação pela University of California – Berkeley.
O especialista estará em Ponta Grossa nesta semana, nos dias 15 e 16 de junho, para um workshop com os professores do Colégio Sepam Ponta Grossa e de Castro sobre esses novos desafios. Para Alexandre, o objetivo de todos os educadores deve ser o de entender o perfil e os interesses dos alunos, já que conhecê-los bem abre possibilidades para que a escola seja um ambiente de acolhimento e identificação. “Se o aluno quiser aprender sobre a Idade Média, por exemplo, ele não tem só a sala de aula e as apostilas de história, ele tem séries em serviços de streaming, jogos, documentários, vídeos no YouTube, ou seja, as possibilidades são imensas. Para que o aluno se sinta interessado, a escola tem o papel de promover isso, afinal, ela foi criada para e pelo aluno”, pontua.
Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) divulgados em 2017, mostram que o Ensino Fundamental I é um dos períodos mais atingidos pela evasão de alunos da vida escolar. O 9º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, apresenta a terceira maior taxa, que corresponde a 7,7% dos abandonos entre 2014 e 2015.
É neste período que Alexandre enxerga a maior possibilidade para a atuação dos profissionais da área. “A escola precisa ser um ambiente de integração, acolhimento e desenvolvimento do jovem. Para que isso seja possível, ela precisa ser atraente e a tecnologia é o meio para se chegar nesse cenário, ela integra a realidade das atividades diárias e transforma algo que parece distante em coisas simples”, acrescenta.