Filosofia: Alunos simulam eleições em sala de aula

19 de setembro de 2018

Política é um assunto complicado para todas as idades, ainda mais para crianças de 11 anos. Mas isso não impediu o professor de Filosofia, Marcos Trancoso, de propor aos alunos do 6º ano do Colégio Sepam uma atividade além da teoria. Os estudantes entraram no clima das eleições criando chapas e propostas políticas.

A partir do conteúdo do terceiro bimestre – Política – o professor trabalhou o conceito de democracia. Ele resgatou sobre o surgimento da democracia, na Grécia Antiga, explicando aos alunos que o povo vota e o povo tem o poder. Nos bimestres anteriores as turmas já haviam estudado sobre ética e virtudes, temas que ajudaram na compreensão do assunto.

Na primeira etapa da atividade, os estudantes foram divididos em grupos. O professor foi quem conduziu essa divisão para as equipes fossem mescladas – pessoas diferentes com ideias diferentes debatendo. Cada equipe montou uma chapa com propostas para quatro áreas: Educação, Esporte, Atividades Culturais e Intervenção Social.

A segunda etapa foi apresentar essas propostas ao público (colegas da turma). No discurso, os grupos precisavam enfatizar os motivos que levariam o público a votar neles, ou seja, defender suas propostas, porque somente com o voto da maioria a chapa se elege. Para isso, foi necessário ter uma boa retórica.

A terceira e última etapa foi a votação, tendo como regra: Votar em uma chapa que não fosse a sua.

“Eles tiveram que fazer o discurso, defender suas propostas, manter a postura, aceitar as críticas e, ao final, saber votar. Como se escolhe o partido? Se eu não estou no poder, como escolher quem irá me representar? Esta era a tarefa deles”, explica Trancoso.

O objetivo principal dessa atividade foi apresentar, na prática, o processo de uma eleição, para que quando as crianças alcancem a idade para votar estejam mais preparadas.

O professor avalia positivamente os resultados: “Os alunos conseguiram respeitar os partidos vencedores, mesmo que não fossem os votados por eles. E, claro, alguns alunos sentiram-se menos representados, mas conseguiram compreender o significado de democracia, que não é o interesse de um indivíduo, e sua aplicação prática”, finaliza.

Confira os registros da atividade aqui.