23 de julho de 2021
Por Kátia Gisele Costa
Julho é tempo de férias em várias instituições de ensino. E é durante essa época do ano que muitos pais se veem aflitos sobre como conduzir atividades com os filhos, em casa. A coordenadora pedagógica do Colégio Pontagrossense Sepam, Kátia Costa, traz algumas dicas para auxiliar as famílias. Ela sugere evitar o uso de telas e de tecnologia, que acabou se intensificando com a pandemia da Covid-19.
“As crianças já tiveram muito acesso às telas no ano passado por conta das limitações impostas pela pandemia. A exposição a essas tecnologias pode diminuir a interação social e interferir no desenvolvimento de funções executivas, que são importantes para a aprendizagem, como memória e atenção, além de causar uma distração apática nas crianças. Então, a recomendação é propor atividades que dispensem as telas”, recomenda Kátia.
É importante priorizar atividades de movimento, como as realizadas com bolas, em parques e quadras. “A criança precisa gastar energia, pular, criar reflexos, se movimentar. Faz parte da característica dela ser ativa. Se os pais não podem acompanhar essas ações, por conta de trabalho, podem dar indicações para os cuidadores fazerem”, destaca a coordenadora pedagógica do Sepam, que também é mestre em Educação.
Outra recomendação é a utilização de jogos, como quebra-cabeça, de tabuleiro, da memória, dominó e bolinhas de gude. “Alguns jogos desenvolvem o raciocínio lógico matemático das crianças e até a escrita das palavras, como o soletrando, por exemplo. O quebra-cabeça estimula a atenção e a paciência. Essas atividades são diferentes das da rotina escolar, mas também contribuem para o aprendizado e para o desenvolvimento, além de favorecer a interação da criança com o oponente no jogo”, explica.
Para as crianças abaixo de quatro anos, Kátia sugere atividades sensoriais, como as que utilizam água, tintas, areia, balão e papel picado. “As crianças menores aprendem muito com a experiência sensorial, por meio de sabor, cheiro, textura. Elas adoram questionar sobre tudo o que está ao seu redor, e se além das respostas os pais conseguirem ofertar também experiência tátil, elas conseguem aprender muito mais”, afirma.
Além disso, é possível promover momentos de leitura ou contação de histórias, que são práticas que auxiliam no desenvolvimento do pensamento crítico e na resolução de conflitos internos.
Katia Gisele Costa é Pedagoga pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e Mestre em Educação pela Universidade do Minho (Portugal). É Coordenadora Pedagógica – Educação Infantil no Colégio Pontagrossense SEPAM, de Ponta Grossa-PR.